sexta-feira, 24 de agosto de 2012

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Far East Movement - Like A G6 (feat. The Cataracs & Dev)



Hook
Poppin bottles in the ice, like a blizzard
When we drink we do it right gettin slizzard
Sippin sizzurp in my ride, like Three 6
Now I'm feelin so fly like a G6
Like a G6, Like a G6
Now I'm feelin so fly like a G6

Verse 1
Gimme that Mo-Moet
Gimme that Cry-Crystal
Ladies love my style, at my table gettin wild
Get them bottles poppin, we get that drip and that drop
Now give me 2 more bottles cuz you know it don't stop

(808) Hell Yeaa
Drink it up, drink-drink it up,
When sober girls around me, they be actin like they drunk
They be actin like they drunk, actin-actin like they drunk
When sober girls around me actin-actin like they drunk

Hook
Poppin bottles in the ice, like a blizzard
When we drink we do it right gettin slizzard
Sippin sizzurp in my ride, like Three 6
Now I'm feelin so fly like a G6
Like a G6, Like a G6
Now I'm feelin so fly like a G6

Verse 2
Sippin on, sippin on sizz, Ima ma-make it fizz
Girl i keep it gangsta, poppin bottles at the crib
This is how we live, every single night
Take that bottle to the head, and let me see you fly

(808) Hell Yeaa
Drink it up, drink-drink it up,
When sober girls around me, they be actin like they drunk
They be actin like they drunk, actin-actin like they drunk
When sober girls around me actin-actin like they drunk

Hook
Poppin bottles in the ice, like a blizzard
When we drink we do it right gettin slizzard
Sippin sizzurp in my ride, like Three 6
Now I'm feelin so fly like a G6
Like a G6, Like a G6
Now I'm feelin so fly like a G6

Bridge
Its that 808 bump, make you put yo hands up
Make you put yo hands up, put yo, put yo hands up
(You can't Touch this)
Its that 808 bump, make you put yo hands up
Make you put yo hands up, put yo, put yo hands up
(You can't Touch this)
Hell Yeaaa, Make you put yo hands up, put yo put yo hands up
Hell Yeaaa, Make you put yo hands up, put yo put yo hands up

Hook
Poppin bottles in the ice, like a blizzard
When we drink we do it right gettin slizzard
Sippin sizzurp in my ride, like Three 6
Now I'm feelin so fly like a G6
Like a G6, Like a G6
Now I'm feelin so fly like a G6

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Para você


Pra Você (Paula Fernandes)

Eu quero ser pra você
A alegria de uma chegada
Clarão trazendo o dia
Iluminando a sacada

Eu quero ser pra você
A confiança o que te faz
Te faz sonhar todo dia
Sabendo que pode mais

Eu quero ser ao teu lado
Encontro inesperado
O arrepio de um beijo bom
Eu quero ser sua paz a melodia capaz
De fazer você dançar

Eu quero ser pra você
A lua iluminando o sol
Quero acordar todo dia
Pra te fazer todo o meu amor

Eu quero ser pra você
Braços abertos a te envolver
E a cada novo sorriso teu
Serei feliz por amar você

Se eu vivo pra você
Se eu canto pra você
Pra você

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Das vantagens de ser um bobo

O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar no mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando".

Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia. O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os vêem como simples pessoas humanas.

O bobo ganha liberdade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes o bobo é um Dostoievski. Há desvantagem, obviamente: Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era a de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro.

Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa fé, não desconfiar, e portanto estar tranqüilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo nem nota que venceu.

Aviso: não confundir bobos com burros.

Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a frase célebre: “Até tu, Brutus?" Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!

Os bobos, com suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz. O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos.

Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem. Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita o ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!

Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cimas das casas.

É quase impossível evitar o excesso de amor que um bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.

(Clarice Lispector)

terça-feira, 20 de abril de 2010

Além de todas as coisas


Eu esperei
E vim de tão longe por você.

Do alto distante,
além do que a mente pode entender.

Ferido, mas firme; olhos cansados de sofrer.
Mas dentro de mim, tinha missão: resgatar você!

Se um dia me chamares, estarei aqui.
Se soubesse a importância que tens pra mim...

Te Faria viver pra sempre

Bem além do mar, rasgo as ondas pra te encontrar
Viajo pelo céus, pelos olhos seus.... Eu sou, Teu Deus!!!

Autoria: Comunhão Eterna

segunda-feira, 29 de março de 2010

O Cântico da Terra


Eu sou a terra, eu sou a vida.
Do meu barro primeiro veio o homem.
De mim veio a mulher e veio o amor.
Veio a árvore, veio a fonte.
Vem o fruto e vem a flor.

Eu sou a fonte original de toda vida.
Sou o chão que se prende à tua casa.
Sou a telha da coberta de teu lar.
A mina constante de teu poço.
Sou a espiga generosa de teu gado
e certeza tranqüila ao teu esforço.
Sou a razão de tua vida.
De mim vieste pela mão do Criador,
e a mim tu voltarás no fim da lida.
Só em mim acharás descanso e Paz.

Eu sou a grande Mãe Universal.
Tua filha, tua noiva e desposada.
A mulher e o ventre que fecundas.
Sou a gleba, a gestação, eu sou o amor.

A ti, ó lavrador, tudo quanto é meu.
Teu arado, tua foice, teu machado.
O berço pequenino de teu filho.
O algodão de tua veste
e o pão de tua casa.

E um dia bem distante
a mim tu voltarás.
E no canteiro materno de meu seio
tranqüilo dormirás.

Plantemos a roça.
Lavremos a gleba.
Cuidemos do ninho,
do gado e da tulha.
Fartura teremos
e donos de sítio
felizes seremos.

Cora Coralina

Via: A magia da poesia

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O Louco


Perguntais-me como me tornei louco. Aconteceu assim:

Um dia, muito tempo antes de muitos deuses terem nascido, despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras tinham sido roubadas – as sete máscaras que eu havia confeccionado e usado em sete vidas – e corri sem máscara pelas ruas cheias de gente gritando: “Ladrões, ladrões, malditos ladrões!”

Homens e mulheres riram de mim e alguns correram para casa, com medo de mim.

E quando cheguei à praça do mercado, um garoto trepado no telhado de uma casa gritou: “É um louco!” Olhei para cima, para vê-lo. O sol beijou pela primeira vez minha face nua.

Pela primeira vez, o sol beijava minha face nua, e minha alma inflamou-se de amor pelo sol, e não desejei mais minhas máscaras. E, como num transe, gritei: “Benditos, benditos os ladrões que roubaram minhas máscaras!”

Assim me tornei louco. E encontrei tanto liberdade como segurança em minha loucura: a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós.

 de Gibran Khalil Gibran